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À medida que a Argentina adota o Blockchain, a ênfase na política permanece

Uma conferência recente destacou como o Bitcoin e o blockchain podem ser um meio para o mesmo fim para os empreendedores argentinos.

LaBitConf, 2016
Zcash, zooko
Zcash, zooko

Os argentinos podem ser mais conhecidos por sua paixão pelo Bitcoin, mas o interesse do país por sua Tecnologia subjacente, o blockchain, está crescendo.

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Essa, pelo menos, foi a mensagem dos participantes da Conferência Latino-Americana de Bitcoin (LaBitConf), que aconteceu na Argentina esta semana.

No geral, o centro de Buenos Aires proporcionou um cenário curioso e cheio de ação para a LaBitConf e seus 450 participantes, já que o local ficava a apenas alguns quarteirões de vários protestos antigovernamentais que ressaltaram o valor social que muitos empreendedores ainda veem na Tecnologia.

Para a maioria dos participantes da conferência, a conclusão foi que a comunidade local agora está mais madura do que em 2013, e que o Bitcoin e o blockchain estão começando a ser mais usados ​​na "vida real".

De fato, a Tecnologia blockchain está inspirando empreendedores argentinos a usar a Tecnologia de maneiras alinhadas ao espírito original do bitcoin, como reduzir os níveis de corrupção do país e criar soluções para mitigar a instabilidade econômica.

Ruben Altman, membro da RootStock, uma plataforma de contratos inteligentes de código aberto, expressou seu Optimism de que futuras iniciativas de blockchain trariam mudanças reais.

Ele disse ao CoinDesk:

"O blockchain é útil se você deseja construir uma sociedade com modelos de contrato diferentes dos que já existem hoje."

Há também uma sensação de que a Tecnologia blockchain pode ser usada de forma mais ampla, em áreas como o direito, que não seriam impactadas apenas pelo dinheiro.

Altman acrescentou: "Você é muito limitado pelo que a lei diz em cada país. Com contratos inteligentes, você pode encontrar mais opções. Levará apenas 10 linhas de código para escrever."

Vendo valor

Mas ainda é cedo para a indústria local.

Marco Carnut, um brasileiro que trabalha em um provedor de blockchainInteligência de Segurança Tempest, disse que, embora a maioria dos adeptos do bitcoin pense que a moeda digital está indo "para a lua", ela está, na verdade, em seus estágios iniciais de adoção.

Ele comparou o blockchain à Internet – não é pouca coisa a se dizer, mas foi ecoado por outros.

"Quando a Internet começou a existir, muitas pessoas não entendiam o que era, poucas entendiam o que era o símbolo 'arroba'. O mesmo é verdade hoje quando falamos sobre Bitcoin e blockchain… As pessoas perguntam 'O que é isso?'", disse ele.

Carnut concordou com Altman que os latino-americanos entendem como é uma economia instável e talvez entendam melhor o valor do bitcoin. Isso levou à confiança aqui de que a América Latina pode ajudar a liderar a revolução.

Augusto Lemble, um estudante local, disse que acredita que as startups sediadas na Argentina podem ser mais disruptivas do que aquelas sediadas no exterior.

"Talvez porque estejamos muito mais familiarizados com os problemas econômicos isso nos faça adaptar mais rapidamente do que outros", disse ele.

Aplicações de banco de dados

Tão importante quanto isso, porém, pode ser navegar pelas mudanças do setor.

Outro participante, Francisco Gómez Salaverri, cofundador da Júri coletivo, disse que acredita que é igualmente importante que a comunidade entenda como o blockchain pode ser usado como um banco de dados.

Os comentários surgem no momento em que bancos latino-americanos começam a demonstrar interesse em blockchain, juntando-se a grupos como o R3CEV.

"Conseguimos transferir todos os tipos de arquivos anonimamente. Podemos ver nossas transferências, mas ao mesmo tempo proteger nossa Política de Privacidade", disse Salaverri.

Mas Juan Cruz Dimaio, do CrowdJury, T viu isso como uma mudança que prejudicaria o potencial do blockchain. Ele observou que problemas com o governo (no caso de sua startup, o sistema judicial) também estão se tornando o coração de muitos outros projetos locais.

Ele concluiu:

"[O blockchain] garante que as evidências que você carrega estarão lá, com muito menos manipulação do que está acontecendo atualmente na Argentina."

Aviso Importante:A CoinDesk é uma subsidiária do Digital Currency Group, que possui participação acionária na RootStock.

Imagens via Cecilia Olive

Belen Marty

Belen Marty é uma jornalista e lutadora pela liberdade baseada em Buenos Aires, Argentina. Seu trabalho aparece mais regularmente no PanAm Post.

Picture of CoinDesk author Belen Marty